Qual é a relação entre democracia e o cuidado em saúde mental?

Diálogo Digital do CFP vai discutir a luta antimanicomial, às 16h do dia 17


O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai realizar, ao vivo, no site www.cfp.org.br, a partir das 16h de 17 de maio, novo Diálogo Digital. O tema de maio é: “Qual é a relação entre democracia e o cuidado em saúde mental?”
Para receber notificações, confirme presença no evento do Facebook, aqui https://www.facebook.com/events/423798248082955/
Em 18 de maio de 2018, a Carta de Bauru vai completar 31 anos. Redigida em 1987, na cidade de Bauru (SP), durante o Congresso de Trabalhadores de Serviços de Saúde Mental, o texto, intitulado “Por uma sociedade sem manicômios”, inaugurou uma nova trajetória do setor no país e resultou na Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Na mesma cidade, 30 anos depois, cerca de 2 mil pessoas, entre pacientes, familiares, profissionais, representantes de entidades da sociedade civil, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e das Comissão Intergestores Tripartite escreveram uma “Carta de Bauru” e incluíram a juventude e a infância como sujeitos da luta antimanicomial.
Recentemente, O Sistema Conselhos de Psicologia divulgou alerta sobre retrocessos no campo das políticas sobre drogas. Aprovação de nova resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) resultou em distorções da Política de Redução de Danos e da Política Nacional sobre Drogas, pois defende modelo de abstinência e promove o avanço das comunidades terapêuticas (CTs), em detrimento da Política de Redução de Danos e dos Caps AD.
Assim, acreditamos na campanha “‎Direitos Valem Mais” como contraponto à Emenda Constitucional 95, que diminuiu o dinheiro para a saúde e educação pública e de outras políticas sociais por 20 anos, tornando inviável a garantia de vários direitos, penalizando ainda mais as populações vulneráveis e favorecendo o rentismo, o que só beneficia os que lucram com o mercado financeiro.
O Diálogo Digital do dia 17 de maio vai permitir que profissionais da Psicologia e as pessoas que defendem os direitos humanos ampliem as reflexões sobre como reagir diante do retorno de retrocessos nas políticas de saúde mental.
Algumas questões precisam de respostas: como as pessoas com sofrimento mental podem participar da política? Qual a importância da democracia no exercício profissional da Psicologia como ciência e profissão? Qual a relação da democracia com a loucura? Como a Psicologia deve reagir diante do fortalecimento das comunidades terapêuticas pelo financiamento público? A abstinência, tão arraigada no senso comum, pode ser uma política pública excludente à redução de danos?
Participe do Diálogo Digital do CFP. O evento, realizado na sede do CFP, em Brasília, será transmitido ao vivo via site, Facebook e Youtube.
Você também pode enviar perguntas pelas redes sociais do CFP (Youtube, Facebook e Twitter) com a hashtag #DialogosCFP. Questionamentos também podem ser transmitidos para o e-mail comunica@cfp.org.br.

Conheça nossas debatedoras e debatedores:

Rogério Giannini (coordenador) é presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e atua como formador em educação popular e educação em saúde.
Paulo Duarte de Carvalho Amarante é médico formado pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia. Tem especialização em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado em Medicina Social pelo Instituto de Medicina Social da UERJ e doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz. É professor e pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme).
Débora Macedo Duprat de Britto Pereira é, desde 2016, titular da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF). Foi vice-procuradora-geral da República entre 2009 e 2013. É graduada em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Ingressou no MPF em 1987, sendo promovida a subprocuradora-geral da República em 2003.
Thiago Petra da Motta Campos é psicólogo clínico, docente e pesquisador em saúde mental e ações terapêuticas. Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário de Brasília UniCEUB, especialista em Psicologia Junguiana pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e mestre em psicologia pela Universidade Católica de Brasília (UCB). É membro da ONG Inverso e do Movimento Pró-Saúde Mental do DF.
[Notícia extraída do seguinte endereço: https://site.cfp.org.br/qual-e-a-relacao-entre-democracia-e-o-cuidado-em-saude-mental/]

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